O perdão é uma nobreza da alma de poucos e ainda assim, muito mal compreendido.
Fico às vezes perplexo quando vejo entrevistas com familiares de vítimas de violência. Aí perguntam: Você perdoa o criminoso que matou seu filho? A pessoa profundamente abalada e envergonhada diante das câmeras diz: sim. [...].
Perdoar significa isentar completamente o ofensor de sua culpa, não imputando nele nenhuma ação condenatória, nem ressentimentos.
Mas ainda assim, para se perdoar é necessário que o ofensor tenha um arrependimento sincero e esteja disposto a arcar com as conseqüências pelo mal causado.
Arrependimento sincero é reconhecer o seu erro e gravidade, tendo a convicção que jamais deve fazer tal coisa novamente.
Desculpar é por definição, desfazer a culpa ou isentar de tal culpa, ou seja, algo parecido com o perdão.
Citei uma ilustração acima, num caso grave, para falar de nossos relacionamentos, principalmente os familiares e os conjugais.
Quantas ofensas sem pedido de perdão ou desculpas e sem reparo dos transtornos causados, nem arrependimento algum.
Quantos “perdões” carregados de ressentimentos. Quantas mágoas...
Quando ferimos a alguém é como atirar uma flecha num alvo. Você pode retirar a flecha fincada, mas vai ficar a marca nesse alvo. Este alvo só vai ficar bom com uma restauração.
Se você feriu a alguém, precisa agora iniciar um tratamento nessa pessoa, com acompanhamento, muito carinho e cuidado, até que a marca seja apagada completamente. Às vezes demora um pouco para sarar completamente.
Quando você for ferido e seu ofensor se arrepender, tente perdoá-lo.
Foi assim que Jesus nos ensinou pelo Seu exemplo na cruz. É assim que a Bíblia ensina.
Com oração, o Espírito Santo nos capacita a nos arrependermos e também a perdoarmos.